Artigo publicado no Jornal A Hora de Lajeado, de 02 e 03 de março de 2019.

Em tempos de inovação disruptiva, percebo que as organizações estão tão preocupadas em inovar de forma radical, que se esquecem que a inovação pode ser apenas algo que nossos clientes, parceiros ou amigos desconheçam ou ainda não tiveram oportunidade de viver essa experiência.

Para Clayton Christensen, no livro o Dilema da Inovação, “Uma inovação de ruptura é aquela que transforma um produto que historicamente era tão caro e complexo que só uma pequena parte da população podia ter e usar, em algo que é tão acessível e simples que uma parcela bem maior da população agora pode ter e usar. Em geral, isso criar um novo mercado.”

Começar um processo de inovação, independente da organização, passa por uma transformação cultural, desenvolver o pensamento crítico, criar um clima propício, ordenar as oportunidades e sistematizar a aplicação das ideias. Atualmente as metodologias de inovação são as mais diversas, nosso desafio inicial é identificar a metodologia que mais se adapta a nossa cultura organizacional, quais os pontos que podemos adequar a nossa realidade, sem comprometer o resultado final.

Mesmo com as premissas pré-definidas, não devemos nos descuidar com a simplicidade das ideias, enquanto ficamos buscando o disruptivo, podemos estar desvalorizando um nível importante da inovação, a inovação básica, aquela inovação que nos dá um ganho no tempo de processo, uma pequena novidade no nosso produto ou mesmo no tempo da fila de espera do nosso cliente.

Outro ponto de atenção é a equipe inovadora, lembrem-se: inovação vem das ideias e as ideias vem das pessoas, ao estimularmos as pessoas à inovação, queremos obter o máximo de participação, devemos estar preparados para as mais diversas ideias que podem surgir e posteriormente com metodologias flexíveis, escolher a que iremos aplicar.

E por final o desafio está posto, seja inquieto, inconformado, estudioso, curioso, determinado e resiliente, transforme-se em um “empreendedor inovador”. Faça da inovação um objetivo pessoal, comece por você INOVE-SE.

Albano Mayer
Diretor SIMBRASIL