O que seria da gestão empresarial sem seus controle e indicadores de desempenho?

Parece óbvio, mas nos anos que atuo no mercado de gestão, ainda encontro dificuldades para as organizações identificarem claramente o seu grau de excelência, identificar vantagens competitivas, acompanhar dados de planejamento e estratégia, ou mesmo os simples dados de controle da operação, empresas de médio porte que não sabem claramente qual a sua ociosidade ou sua  capacidade produtiva.

Percebo que os empreendedores se preocupam inicialmente apenas com o saldo na última linha do extrato financeiro, esquecem que este é resultado de uma diversidade de controles e ações, que bem acuradas entregarão o resultado de sucesso ou insucesso dos empreendimentos.

Fica a pergunta, quanto a sua organização tem investido em conhecer os seus clientes, os seus competidores, as suas características de compra do seu produto e ou serviço? Tem investido em aferir seus processos internos, suas competências e grau de envolvimento de sua equipe de trabalho?

Vou tentar demonstrar alguns indicadores, usando como base as 4 perspectivas do BSC – balanced scorecard:

Financeira: o mais comum de todos os indicadores, lembre-se de controlar seu endividamento, saldo de caixa, volume de impostos, despesas, inadimplência, custos fixos e variáveis, faturamento por funcionário e considere ainda receitas futuras.

Cliente: controle a satisfação do seu cliente, meça o atendimento das suas reais expectativas, reclamações, tempo de retorno e permanência e usabilidade dos seus produtos.

Aprendizado e crescimento: controle o aprendizado da sua equipe, horas de treinamento, polivalência, satisfação, desempenho individual e coletivo, atrasos e faltas (é um bom indicador do moral da equipe), rotatividade e monitore também os tempos de contratação.

Processo interno: tempo de realização dos processos, retrabalho, produtividade, perdas, giro de estoque, custo de produção, qualidade do produto, aqui temos muitos indicadores de controle do mercado que a organização pode estar inserida.

Acrescentaria ainda indicadores de impacto Socioambiental, monitorar o número de ações comunitárias da minha equipe, pessoas envolvidas, verificar impactos que evitar ou preservar da natureza, como espaço verde no meu parque industrial, créditos de carbono, ou mesmo água e energia elétrica economizadas.

Lembremo-nos do que nos levou a esta reflexão, O Placar, precisamos instigar as pessoas a perseguirem suas metas, seus indicadores, deixar claro o placar de cada jogo (gestão a vista) e periodicamente comemorarmos as nossas conquistas, pois são por elas que vencemos o Campeonato da Competitividade.

Albano Mayer – Diretor SIMBRASIL